sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Liberdade dos Paulistanos.

No último final de semana das minhas férias, fui ao apartamento de um grande amigo (um irmão!). Conversa vai... conversa vem - com muita música e comida - quando de repente, não resistimos e caímos em nosso tema predileto: A cidade de São Paulo.
Ele me contou que dias atrás estava lendo uma revista quando se deparou com um pequeno texto descrevendo a cidade.
Então, veio a frase que marcou o meu fim de semana: Gabi, eu li que "São Paulo é tão encantadora que passa a impressão de que transa com os habitantes a cada minuto".
Que palavra forte, não?
Quando cheguei em casa fiquei por um bom tempo pensando no assunto. Pensei também no quanto sou uma garota de sorte por poder morar aqui. Entrar no metrô e descobrir o mundo! Digo o mundo, porque todos nós estamos cientes do quão cosmopolita é São Paulo e eu, como toda boa admiradora de seres humanos, amo lugares assim.
Se você não é daqui e quer alguma dica exclusiva, sinto lhe informar, mas não há um lugar único que você possa ir e que englobe todas as diversidades e sabores existentes na cidade. Mas embora isso pareça um mau aspecto, acredite, não é!
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Eu ainda pretendo escrever muito sobre cada um dos lugares que conheci dessa floresta de cimento, concreto e prédios. Mas vou começar pelo Bairro que marcou minha vida. Foi lá que frequentei quase um ano inteiro, com as melhores amigas que alguém pode ter, uma mochila cheia de livros pré-vestibular, muito papo, disposição e curiosidade. Fizemos questão de conhecer cada viela e loja.
Um bairro que tem no nome a melhor palavra do dicionário. Que por si só resume tudo que o ser humano já tem intrínseco por natureza. Já ouviu falar em Liberdade?
Todos os descendentes orientais (ou grande parte das etnias incríveis de lá) reunidos em um local que parece ter sido milimetricamente arranjado para que todos se sintam um pouco do outro lado do mundo. Os postes (por mais estranho que pareça) me deixam maravilhada. São vermelhos e num estilo oriental de dar inveja.
Vá de manhã, para aproveitar bem o dia. Leve com você uma boa companhia, ou vá sozinho mesmo, lá é também um ótimo local para refletir pacientemente sobre os problemas (e soluções) da vida. Saia do metrô (sim, estou deduzindo que você irá de metrô) e suba as escadas, repare na diversidade de adolescentes que vai encontrar por ali. Todos com roupas coloridas - ou totalmente pretas -, maquiagens diferentes e toucas de personagens que saíram diretamente dos animes.
Suba as escadas, atravesse a rua e procure pela Ikesaki. Entre e compre algum shampoo, uma escova ou apenas um batom cor-de-boca. Lá os preços são baratos e enlouquecem não só mulheres, como homens. Minha mãe costuma passar o dia por lá, entre as prateleiras, alguns blushes e também revistas com cortes de cabelo.
Mesmo assim, procure entrar em todas as lojas - que costumam estar em lugares pequenos, mas que por dentro parecem conter tudo que você jamais pensou existir -, olhe cada boneca de porcelana - tenho uma cor de rosa -, cada peixe dos aquários - eles aparecem com frequência - e, principalmente, cada ser humano.
Por favor, não perca tempo se estressando com a quantidade de pessoas (essa é uma dica que dou, não só para o bairro da Liberdade, mas como para São Paulo inteira), principalmente se você decidir ir no domingo.
Porque nesse dia, há uma feira. Daquelas em que você encontra barraquinhas com japoneses, chineses ou coreanos simpáticos sorrindo para você e esperando ansiosos sua aproximação. Compre também alguma novela japonesa - recomendo Hotaru no Haka, conta a história da Segunda Guerra mundial, e... preciso confessar, elas deixam qualquer série e novela brasileira num nível extremamente baixo -, depois vá almoçar num restaurante tradicional.
Certa vez entrei em um desses restaurantes que lembram os filmes antigos do Jackie Chan e ouvi o cozinheiro gritando algo (não só ele, como todos os funcionários). Levei um susto imenso e fiz menção de sair. Minha amiga - como toda boa oriental - logo me explicou: "Estão nos dando boas-vindas". A cultura lá é praticamente impregnante. Parece que quando sair vai levar um pouco junto com você no bolso ou, pelo menos, na lembrança.

3 comentários:

  1. aah pára de escrever cara. to com saudades de ir na Liba, afinal você nunca foi comigo D:
    AIDOASHDSUHD

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  2. AAAhhhh....por que você não atende minhas ligações....
    e não responde minhas mensagens!?

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  3. Gabii~~
    adorei a frase "São Paulo transa com os habitantes a cada minuto"! hahahah xD
    Muito bom seu texto sobre a Liba, apesar de que boa parte da minha fascinação por ela já tenha se passado(muito otaku e chineses mal educados!).
    Vamos marcar de ir a algum barzinho na Augusta? quero ir ao Inferno, parece ser bom e toca rock lá 8DDD
    ;**
    luv u <3

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